terça-feira, 14 de dezembro de 2010

A creche...

Bom, como vocês sabem tenho uma filha de oito meses; a Duda! Assim que engravidei, meu digníssimo esposo sugeriu que ficasse em casa para me dedicar à profissão maternal, até que a Duda completasse um ano. Enfim... Agüentei até agora. Até começar a ter surtos psicóticos em casa.

Ser mãe é ótimo, indiscutivelmente. Mas atire a primeira pedra a mãe que nunca perdeu as estribeiras! Por mais que todas nos derretamos de amores diante dos rebentos, 24 horas de choros e fraldas é algo para enlouquecer o Buda!

Eu estava enlouquecendo!!! CONFESSO!!!!    

E adivinhem quem pagava o pato? O marido!!!

Coitado, mal chegava do trabalho e eu já vinha despejando o ódio da humanidade, junto com todas as frustrações e desesperos da maternidade.

Cansado de tanta patada, Dinho resolveu colocar a Duda na creche. E lá fomos nós em busca de um ambiente agradável, limpo e adequado para nossa pequena; e de preferência com um bom preço! E como é difícil encontrar uma creche decente!

Rodamos, rodamos e encontramos... Marcamos a visita e fomos conhecer a creche! A escolinha é ótima e guiados pela "tia" fomos conhecendo cada cantinho.

"- Aqui nós temos, sala de música, informática, curso de inglês, natação, capoeira, judô... " - disparava tia, enquanto ficávamos boquiabertos com o tamanho da escola. Eu pensei comigo – "num vai prestar!!!".

Direto como sempre, meu marido disparou "- Vamos ao que interessa quanto custa a mensalidade?"

Eis que a coordenadora puxa mil folders, planilhas e começa – "Bom, aqui a Duda terá aulas de inglês, será alfabetizada bilíngüe, terá música, informática... (inglês, informática? Minha filha mal fala Aba...abá! E você vem me falar de ser bilíngüe? Pensei comigo!!!!)... e para o período de 6 horas o valor fica em R$ 671,00.

SEISCENTOS E SETENTA E UM REAIS??? Basicamente 100 reais a hora!!!!... Nem nos meus sonhos mais otimistas pensei em ganhar isso trabalhando!!!

Voilá!!! O que fazer, para o bem da minha sanidade mental, Duda foi para creche! Pelo menos meio período para eu ter tempo de respirar...

Pois é, porque em casa, comigo... Dudinha só quer colo o tempo todo, não desgruda do meu pescoço um segundo, só dorme na minha barriga. Diante de tudo isso, pensei: Vamos ter problemas na adaptação...

Primeiro dia de creche, e lá estava eu morrendo de medo do escândalo que seria produzido. A tia chegou, e chamou a Duda... e ela...FOI SERELEPE PARA O COLO DA PROFESSORA!!! Uma mulher que ela NUNCA viu... E se quer chorou!!!

Passou o dia na escolinha sem dar um pio... Dormiu sozinha sem ninar e não ficou o colo nem um minuto.

Eu te pergunto leitor: Afinal o que querem os bebês??

Enlouquecer a mamães!!!!


 

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

E se de dia a gente briga...

... à noite a gente também briga!!!

Eu, infelizmente, não sou uma esposa/mãe zen. Aliás, nem uma pessoa zen eu sou, quanto mais uma esposa/mãe zen!

Claro que a gente tenta, mas manter a calma e a cabeça no lugar quando se está sob imensa pressão pode ser missão impossível pra muitas mulheres como eu.

Sempre sonhei com o casamento, a fórmula certinha e na ordem – Namoro > Noivado > Casamento > Filhos... Mas como nunca segui regras e sempre fui meio rebelde e do contra, meu sonho ficou assim – Namoro > Filhos > Casamento. Não estou me queixando, até porque tenho um marido ótimo e uma filha linda! Mas nesta conta, a ordem dos fatores faz toda diferença.

Eu namorei por 5 anos com Dinho, um namoro tranqüilo como muitos...com brigas, ciuminhos, mimimis... mas, muito amor. Até então não tínhamos planos nenhum de nos casar, foi quando em 2009, mas precisamente no mês de agosto eu engravidei. BUUUUM... Aquela bomba. Mas diante de tantos anos juntos, tocamos o barco e encaramos de frente. A Duda nasceu em abril e em maio estávamos na frente do juiz nos casando! Claro que, foi de longe o sonho que qualquer mulher. A cena era : Eu... inchada, com pontos da cesárea, peito cheio de leite. Um sonho!!

Mas, vamos lá. O que importa é amor, não?!

Com esta máxima encarei os dias que viriam... e estes não são fáceis, meus queridos! Foi então que resolvi criar este blog, para contar o dia a dia de um casal recém-casado, com filho(a) e o stress e pressão que sofremos com essa "profissão".

Se você e seu marido viviam num mar de rosas antes do casamento, é muito comum que depois de colocar o anel no dedo, as discussões, desentendimentos e brigas comecem a pipocar. Se vocês já eram um casal bom de briga antes do anel… bem, pode-se esperar brigas com proporções de guerra nuclear. Conversando com algumas várias esposas, todas elas afirmaram que nunca tinham brigado tanto com seus respectivos como agora que estavam casadas. E eu também estou nessa, como não podia ser diferente. No início, fiquei até meio assustada. Mas depois de algumas conversas, a gente começa a aceitar que isso é comum e não é o fim do mundo. Afinal de contas, um casamento não é feito só de uma opinião, muito menos só da MINHA opinião! É normal que você queira coisas diferentes do seu marido e que haja discussão para chegar a um consenso. É normal também que ele não ligue pra um monte de coisas que você liga e esperava que ele ligasse também.

Encaremos a realidade: homens e mulheres lidam com o casamento de forma completamente diferente.

Você pode ter sonhado com esse dia desde pequenininha, brincado de casinha, mamãe e planejado cada mínimo detalhe em sua cabeça desde os quatro anos de idade (eu sonhei!). Ou seja, em termos de casamento e vida a dois, você menina domina o assunto. Definitivamente, casamento é o seu território. Agora, pergunte pro seu marido se ele fazia isso quando pequeno. Nem mesmo depois dos 20 ele deve ter sonhado acordado coma vida a dois! É meio injusto que a gente queira que eles se envolvam e compreendam tudo que se passa em nossa cabecinha, e principalmente, compreendam nossas frustações.

Casamento é estressante mesmo. Esse duelo de vontades e opiniões pode ser extremamente desgastante. Assim como a rotina. Chega a ser frustrante. E quando a coisa aperta, quando você começa a se sentir oprimida por não só a opinião do noivo, mas de um monte de familiares cheios de boas intenções (preciso dizer que de boas intenções o inferno está cheio?), você se segura pra não sair por aí "dizendo umas verdades", mas acaba descontando em quem? No marido, coitado. E lá vem mais discussão.

O meu marido sempre consegue fazer nossas discussões virarem conversas. Claro que, antes de virar uma conversa, ela pode ter passado pelo estágio de "discussão feia" ou "briga daquelas"! E nem sempre as conversas terminam bem resolvidas. Às vezes rendem semanas de silêncio. Mas eu acredito que, como casal, saímos de cada discussão mais fortificados e mais seguros. Não se sinta mal por não conseguir levar a vida a dois na mais perfeita calma. Mas tente ser compreensiva com seu marido e peça pra que ele tenha compreensão-extra com você! Tente se lembrar de que a vida a dois é um eterno exercício de paciência e compreensão. E também sei que, se conselho fosse bom, não seria dado. Mas alguns conselhos não são bem conselhos, são como troca de experiência. E com a experiência do outro sempre se pode aprender, né? Tire as luvas de boxe, tome um suquinho de maracujá e brigue saudavelmente com seu marido, sem perspectivas de nocaute.